Há muitas formas de um animal ajudar a uma pessoa e uma delas é participar durante o tratamento de diversas doenças. Isso foi descoberto depois de inúmeras pesquisas na área e hoje é um fato comprovado em diversos tratamentos em que animais e pacientes hospitalizados formam uma boa dupla.
Entenda como funciona a terapia com animais e como é feito o tratamento.
Tipos de terapias com a participação de animais:
Há diversas formas dos animais participarem do tratamento de pacientes hospitalizados, mas as mais comuns são listadas a seguir:
1. Atividade Assistida por Animais (AAA)
A Atividade Assistida por Animais é feita para motivar pacientes e
criar uma forma de entretenimento entre os mesmos. Geralmente, dura em
torno de uma hora e é feita com brincadeiras nas quais os pacientes
hospitalizados podem se divertir com os animais.
Esse tipo de atividade pode ser conduzido tanto pelo dono do animal como por um profissional da saúde.
2. Terapia Assistida por Animais (TAA)
No caso de uma Terapia Assistida por Animais, as atividades são
diferentes, pois o animal ajudará diretamente no tratamento da doença,
fazendo parte do processo de cura e não somente servindo para distração.
Este tratamento é feito com a supervisão de um profissional de saúde
especializado na área indicada e é indicado para tratamentos físicos,
psicológicos e cognitivos.
Vale ressaltar que há diversos casos em que as terapias com a participação de animais podem ser utilizadas:
- idosos em lares de repouso;
-
pessoas com deficiências mentais ou problemas de aprendizagem;
-
pessoas hospitalizadas ou com problemas físicos;
-
crianças e adultos com problemas de adaptação social;
- pessoas com problemas psicológicos.
- Benefícios da Terapia Assistida por Animais
Esse tipo de terapia ajuda em exercícios fonoaudiólogos,
fisioterapêuticos, psicológicos e respiratórios através de muitas
dinâmicas feitas com os animais.
Por meio de estudos e acompanhamentos nos tratamentos dos pacientes hospitalizados, foi possível enxergar muitos benefícios na Terapia Assistida por Animais. Alguns deles são:
Exercícios fonoaudiólogos - as pessoas chamam os animais pelo nome, ajudando na dicção e estimulando os que possuem problemas de fala;
Tratamentos fisioterapêuticos - os pacientes
acariciam, jogam a bola e penteiam os cães, o que ajuda nos movimentos
de coordenação motora ao mesmo tempo em que reduzem os riscos de
problemas cardíacos, pois a pressão arterial diminui junto com o
estresse;
Tratamentos psicológicos - as atividades com os
animais diminuem a ansiedade e dor. Dessa forma, até mesmo o uso de
medicamentos diminui. Além disso, há casos comprovados na diminuição de
sinais de depressão, pois o contato com os animais aumenta os níveis de
endorfina;
Tratamentos respiratórios - o contato com os
animais estimula a defesa das células e deixa o organismo mais tolerante
a bactérias, diminuindo casos de alergias e diversos problemas
respiratórios.
Além desses, diversos outros benefícios surgem com esse tipo de terapia, variando de caso para caso.
Como ter um animal de terapia
Procure se informar em uma instituição que trabalhe com esse tipo de terapia para realizar um treinamento e depois começar a visitar os pacientes.
Quem possui um animal e quer torná-lo um ajudante na arte de curar
pacientes hospitalizados deve, primeiramente, saber se ele possui as
características de um animal de terapia, devendo ser calmo, obediente,
de confiança e carinhoso.
Após isso, é só procurar uma instituição que trabalhe com esse tipo
de terapia, e realizar testes para ver se o animal está apto para a
função.
Nos primeiros dias, o proprietário do animal receberá o treinamento
para supervisionar as atividades e depois o próprio animal é treinado
para testar sua capacidade de aprendizado/execução.
Feitos os treinamentos, o dono deve acompanhar o animal durante as
sessões, que podem ocorrer semanalmente ou de acordo com a necessidade
da instituição (isso será acordado entre ambos no momento de fazer o
cadastro do animal).
São muitas as instituições, em todo o país, que participam de
projetos de terapia animal. Caso queira conhecer algumas e se informar
como participar, pode conferir alguma das listadas a seguir.
Pêlo Próximo: é um projeto feito com diversas atividades. Para entrar em contato e fazer parte do time, basta acessar o site da instituição.
INATAA: fundada em 2008, a instituição ajuda diversos projetos e aceita doações e voluntários. Para ajudar, acesse o site.
Exemplos de animais que podem participar de Terapia Assistida:
Muitos animais podem participar dessa terapia. Por exemplo, tartarugas, coelhos, calopsitas, etc., todavia os mais comumente usados são os cavalos, burros, cachorros e gatos.
Nem todos os animais podem participar dessas terapias devido ao
comportamento e risco que podem trazer aos pacientes, mas há alguns que
fazem muito sucesso.
1. Cavalos e burros
Também chamada de equinoterapia, hipoterapia ou asinoterapia, a
presença dos animais ajuda em tratamentos de crianças com paralisia
cerebral, síndrome de Down, autismo, hiperatividade, etc.
O tratamento é feito por meio da montaria no animal, o que estimula o
contato físico e desperta os estímulos necessários, ou apenas pela
simples interação com o animal, alimentando-o ou escovando-o.
2. Cães e gatos
Os cães são os mais utilizados nos tratamentos, pois são facilmente
adestrados, e algumas raças, como Rottweiler, por exemplo, possuem muita
confiança e domínio.
O simples ato de acariciar um gato ou um cachorro já ajuda no
tratamento, já que, além de proporcionar os estímulos motores, ajuda
emocionalmente, acalmando o paciente hospitalizado.
Os cachorros permitem diversas brincadeiras, também com crianças e
idosos, o que ajuda ainda mais na recuperação, sendo os preferidos nessa
prática.
Além desses, animais como coelhos, calopsitas e até tartarugas podem
interagir com os pacientes e trazer diversos benefícios na cura de
doenças diversas.
As tartarugas, por exemplo, podem participar de jogos de tabuleiro
que estimulem a paciência dos pacientes em esperar o animal levar a peça
até o outro lado.
Os coelhos ajudam na coordenação motora porque segurar no colo um
animalzinho desses, que não para de se mexer, é um ótimo exercício.
Para escolher a melhor espécie a participar do tratamento, é preciso
avaliação profissional do especialista junto com o responsável pela
Terapia Assistida por Animais, que chegarão a um consenso das
necessidades do paciente e verão o animal que possui melhor perfil para
participar do tratamento.
E então, gostou de saber como animais e pacientes hospitalizados podem
formar uma grande dupla? E ainda há gente que acha que animal só serve
para dar trabalho, hein? Mais uma vez, temos a prova de como estes
bichinhos são abençoados e podem nos ajudar em diversos aspectos.
Conheça histórias de pessoas que tiveram o benefício de terapia com animais e o que especialistas dizem sobre o assunto, no vídeo a seguir.
Youtube – Veiculado no Ligado em Saúde, Canal Saúde, dia 25/06/2012

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